O álcool é um grande problema social, visto que é uma droga de ampla
aceitação e fácil obtenção, mas possui todas as características das
demais drogas, como prejuízo da saúde do usuário, alteração do estado
mental, entre outros. Primeiramente, vejamos alguns malefícios do
excesso de álcool para a
sociedade. Lembrando que
considera-se excessivo o consumidor que bebe mais de cinco doses em um
período de 1 hora, faz o uso de álcool de forma freqüente, regular e
excessiva, mas que não possui sintomas de dependência.
- Estatísticas internacionais apontam que em cerca de 15% a 66% de
todos os homicídios e agressões sérias, o agressor, vítima, ou ambos
tinham ingerido bebidas alcoólicas.
- O consumo de álcool está presente em cerca de 13% a 50% dos casos de estupro e atentados ao pudor.
- No Brasil, dados do Cebrid apontam que 52% dos casos de violência doméstica estavam ligados ao álcool.
- Pelo menos 2,3 milhões de pessoas morrem por ano no mundo todo
devido a problemas relacionados ao consumo de álcool, o que totaliza
3,7% da mortalidade mundial, segundo um relatório elaborado pela
Organização Mundial da Saúde.
- Pesquisa da UFRJ mostrou que o álcool estava presente em cerca de
75% dos casos de acidentes de trânsito com vítimas fatais.
- O consumo excessivo de bebidas alcoólicas está relacionado a 42,7%
dos acidentes de trânsito com mortes da cidade de São Paulo.
- 12,3 % da população brasileira é dependente de bebidas alcóolicas, contra “apenas” 9% de tabaco e 1% de maconha.
Agora vejamos os malefícios para a
saúde do indivíduo, segundo estudos de pesquisadores da UNICAMP. A exposição crônica, por uso prolongado de quantidades elevadas de álcool associa-se à:
- cirrose hepática
- dependência de álcool
- doenças cerebrovasculares
- neoplasias de lábio, cavidade oral, faringe, laringe, esôfago e fígado
- gastrite
- varizes esofagianas
- pancreatites aguda crônica
- diabetes mellitus
- tuberculose
- pneumonia e influenza
- risco de coma alcóolico
- Síndrome de Abstinência Alcoólica (Delirium Tremens)
- Síndrome de Wernicke-Korsakoff
- O abuso de álcool determina mortalidade precoce. Na Suécia, perto de
25% dos óbitos de menores de 50 anos foram atribuídos ao álcool
Por fim, desmistificando um tópico que muitas pessoas têm como verdade,
o álcool NÃO destrói neurônios. Pelo menos, não segundo uma pesquisa feita por 16 anos, pela professora de biologia e anatomia celular, Roberta J. Pentney.
Segundo a pesquisa, o que ocorre é que o segmento terminal dos
dendritos do neurônio, responsáveis pelas sinapses e por passar
informações, atrofiam devido ao excesso de cálcio na célula. Isso porque
a estrutura celular responsável por regular o fluxo de cálcio dentro da
célula – Smooth Endoplasmic Reticulum (SER) – aparentemente é desligado
devido ao álcool. De qualquer maneira, terminações atrofiadas
comprometem tanto quanto neurônios mortos. Por isso as pessoas podem ter
problemas de memória, de coordenação, tremores, etc. Mas ao parar a
ingestão de álcool, essas terminações nervosas se restauram. Contudo, as
sinapses acabam sendo refeitas de outra maneira, o que pode implicar em
problemas nervosos permanentes.
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